quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Figurinos & Ca.










domingo, 1 de fevereiro de 2009

Tripla

Mesmo não impedindo as saídas Domingueiras, porque quem gosta gosta, a chuva acaba por condicionar as escolhas de trajecto.

No entanto acaba por não ser mau, já que há a necessidade de escolher percursos mais curtos, mas igualmente exigentes. É uma espécie de sumo concentrado. É só juntar água.... da chuva.

Este domingo, a novidade veio mesmo foi do facto de termos um novo meio de registo de imagens, pronto a sofrer os rigores da lama nos botões, das quedas e da água na objectiva. Trata-se de mais uma pechincha Made in Olx.pt: Pentax Optio 50L. São 130g do melhor plástico chinês com 5 megapixels espremidos num sensor do tamanho de uma cabeça de pionés.

Por isso hoje as palavras são mais diminutas. Em suma uma volta curta e grossa! Começar logo pela subida relâmpago à Santa Justa, descida para o rio em Couce, subida lenta pela encosta da Pia e um pequeno descanso na estrada até fazer a crista completa de Quinta Rei incluindo o marco Geodésico. Um rebuçado no final para a descida técnica que rematou a volta. E casa à vista. Hoje não houve direito a queda, cortesia da transmissão nova que só precisa de acamar no 6º carreto da cassete. De resto até se entenderam bem.

Seguem as fotos, o track e a altimetria! Para a semana há mais!












domingo, 25 de janeiro de 2009

Fusão!

Hoje foi o dia das fusões.

Depois da volta domingueira ter sido abalada pela amostra de tempestade que se levantou de madugada o tempo serenou para níveis aceitáveis, leia-se com chuva e vento abaixo do limiar de arrastamento.

Planeada estava a volta da Cadeia, que nos leva por Sobrado e Lordelo até ao alto do planalto de Paços de Ferreira, onde está o Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira.

Só que hoje, ao final da primeira grande subida, encontramos um outro grupo, malta dos "Doidos por Lama" que ia fazer a mesma volta mas por um caminho alternativo. Logo ali se decidiu fundir as duas voltas e juntar 11 companheiros de pedal.

Os novos trilhos não decepcionaram e a incursão, primeiro aos moínhos, e depois ao parque ribeirinho de Lordelo foram bastante interessantes. Na zona dos moinhos os singletracks eram arrojados e com muita pedra rombuda que, molhada, punha à prova os nervos e a (pouca) tracção dos pneus.

O rio estava mais que intempestivo, e ajudado pelo desnível acentuado, ribombava com violência no desfiladeiro, numa torrente de água castanha e tumultuosa.



De Lordelo foi a subida para a Cadeia que foi eclipsada por uma alucinante descida. Literalmente voei encosta abaixo atrás do Miguel e de um dos malucos do Doidos por Lama. No final, como disse o Miguel, o sorriso parvo na cara de toda a gente não deixava dúvidas: foi uma porra de uma descida, carago!

Daí para a frente uma subida a pé, e uma descida feita de igual forma, a provar a simpática inclinação do sítio. A descida será um caso a ponderar muito bem de ser feita a rolar, mas com tempo seco. Embora a faixa de segurança seja boa e haja muito espaço para controlar uma descida mais rápida, não convém fiar, porque uma queda significava certamente ir a rebolar até lá abaixo!

Última ascensão ao topo da Agrela, para logo descer para a estrada. Aqui o grupo separou-se. Nós seguimos para Quinta-Rei pela subida do cão, para cortar caminho até casa. Os colegas de volta seguiram directos pela estrada, já que o tempo para eles apertava.

A subida do cão e o caminho até Quinta Rei já são triviais, não fosse desta vez uma saraivada descomunal nos ter alvejado em plena subida. Caía com tal intensidade e velocidade que picava nos sítios de pele exposta! O arvoredo ficou bem sacudido, também!

Seguimos por Quinta Rei há uma premonição da segunda fusão do dia. Na última subida, o Miguel comenta que está na hora de mudar a minha transmissão. Concordo dizendo que só não o fiz antes por preguiça, já que no Raid da Sobreira, ficou evidente que os 1500km que ela levava já pesavam na fluidez das passagens.

Acabamos por descer para o Susão e como ainda vinha fresco, disse que ia com eles até à estação e depois voltava para cima. A meio do percurso o João e o Nelson picam-se num sprint. Em dupla-quinta levantei-me e calquei os pedais para ir atrás deles.

Lembro-me que só dei duas voltas aos crenques. A segunda fusão do dia concretiza-se com o "chain suck" na dupla e o imediato estancar dos crenques. Com o súbita descompensação foi apenas uma fracção de segundo até ser projectado por cima do guiador. Aterrei em cima do cotovelo e da coxa e deslizei pelo asfalto, concretizando a terceira fusão do dia.

Por sorte não estava a ser ultrapassado por nenhum carro e os danos ficaram-se por mim e pela Canyon. A quente fiquei logo doente não pelos arranhões no "cromado" (pele) que esses passam, mas pela dentada no selim. O Sele Italia SLR XC Gel Flow novo em folha absorveu o segundo impacto da bicicleta com o chão e ficou com uma gigantesca dentada na traseira. O lock-on do punho não teve melhor sorte e ficou uns gramas mais leve. Quanto ao ciclista uma queimadura por abrasão na coxa e no braço, um hematoma no cotovelo e uma perfuração na perna direira, cortesia da talega que ferrou com vontade os dentes na carne macia.

Fui até casa a praguejar à espera de descobrir o resto dos danos quando lavasse a bicicleta. Na verdade além do selim, do punho e do aperto da roda traseira, o material passou incólume. No meu caso foi desinfectar e colocar penso em aerosol. Nunca tinha usado. É engraçado, ficamos plastificados!

Agora é esperar por sexta feira para aferir das condições físicas, mas espero voltar a rolar já no Domingo.

A propósito, a transmissão já está encomendada. 37 euros que, por desleixo, me saíram bem mais caro...

domingo, 18 de janeiro de 2009

Ode à lama!

Ora vamos lá então ao rescaldo do raid...

Como o raid começa antes do dia marcado, nota desde já negativa para as inscrições. Eu sei que é muito engraçado ter uma tenda com tupperwares cheios com mais de 4000 euros em dinheiro vivo, mas nos dias que correm, não se justifica não usar a transferência bancária para aceitar o pagamento das inscrições e a fila que se formou para levantar os dorsais é disso prova. Se houve pessoal que como eu levou o dinheiro certo e o processo até não demorou muito, outras situações houve em que entre trocos, trocas de nomes e confusões diversas, a fila lá se foi arrastando, à chuva e ao frio, num processo lento e desnecessário. Os brindes eram... brindes. Nota positiva para as meias que até deram jeito. Já a carteira amarela e a fita da maternidade eram...

Nota igualmente negativa para o sistema de som mal dimensionado que, apesar da curta distância que o separava da meta não permitia que quem estivesse perto do arco de partida, percebesse patavina do que foi dito. Lá no meio deu para apanhar "qq coisa... mais qq coisa, 10 minutos, qq coisa".

A partida foi feita com o atraso da praxe e o percurso começou com uma voltinha nas redondezas para aquecer. Pois nem por ter sido dito vezes sem conta, repetido, avisado, sublinhado, as organizações continuam a fazer as coisas de forma absurda! Para não variar, aos 800 metros de raid já tínhamos um funil que obrigou a desmontar, atrasou e gerou logo ali uma confusão desnecessária.

Aos 1500 metros a primeira descida bastante perigosa, logo para por de aviso o pessoal, e especialmente pensada para quem se inscreveu nos 25km, a contar com "belos trilhos sem grandes picadas".

Percurso normal até mais uma "aberração". Por alma não sei de quem (seria para o show off?) a organização decide mandar o pessoal até à primeira travessia do rio, por um single curto mas especialmente perigoso, com um barrote de uma ramada a ocupar, ao nível dos olhos, metade do trilho, numa zona em que existia um degrau. Conclusão: além do efeito funil, toda a gente desceu com a bicicleta à mão, quando havia um caminho 200 metros acima que vinha dar ao rio sem acrescentar risco desnecessário.

No entanto nem tudo estava perdido. Os caminhos eram interessantes e salvo raras exepções, estavam bem marcados. Nota negativa no entanto para o track GPS que em algumas zonas não correspondia minimamente ao percurso assinalado!

O percurso estava muito interessante na zona das mesas, mas em santa comba assisti a duas situações menos conseguidas. Quem fez as placas de separação dos percursos não contava que o assistente ao raid estivesse na conversa em vez de estar a prestar atenção ao que estava a fazer, portanto, só quando parei junto das placas para tentar decifrar as minúsculas letras que indicavam cada uma das opções é que o rapaz me disse, "35 é para baixo!". Obrigado, entretanto já tinha conseguido ler!

200 metros depois parei junto do fontanário para resolver um problema com as mudanças, cortesia da imensa lama que povoava o percurso, quando ouço uma verdadeira pérola. Quando questionado por um dos participantes quando seria o próximo abastecimento, o colaborador do raid apenas disse: "Prai daqui a 15km!". Ora, seria pedir demais que cada pessoa, que já sabe onde vai ser colocada, conheça minimamente o percurso e saiba onde fica, relativamente a si, uma localização tão importante como o abastecimento?

E por falar em abastecimento, nota extremamente negativa nesse campo. Um abastecimento parece-me pouco numa prova com a dureza desta, especialmente se fica situado num alto, rodeado de nevoeiro e com um vento gelado que não convidava ninguém a ficar muito tempo. Eu sei que o tempo é imprevisível, mas homem prevenido vale por dois e havia arvoredos resguardados mais à frente onde se podia instalar o comes, agora que não havia vista para apreciar naquele sítio. Dado ainda o facto de ser um abastecimento único, fiquei algo desiludido com a oferta. Se era único, podia ter havido uma surpresa para o pessoal, melhor do que bolos, água e laranjas.

Mais um pouco de subida e a descida, onde havia uma das tais poucas zonas com sinalização precária. No entanto como o track GPS aqui batia certo, lá segui pelo caminho correcto. Uma boa recompensa depois da árdua subida para o mequinho.

Os últimos 10 quilómetros foram um misto de interesse e aborrecimento. Sendo que a zona das pontes foi uma agradável surpresa e que mostra que a organização se quiser consegue fazer as coisas bem feitas. As passagens pelo meio dos vilarejos já são menos interessantes, mas depois a zona técnica de pedra e lama que se seguiu faz esquecer um pouco. Escusados seriam também os últimos 500 metros de "monte" que na verdade eram a berma de um campo de cultivo, muito pouco ciclável.

A lavagem das bicicletas atrasou um pouco, e entretanto mais um morador disponibilizou uma mangueira para ajudar ao processo. Os homens das bicicletas também já deviam saber que as máquinas de pressão não são amigas dos cubos e rolamentos, por isso seriam de evitar.

Quem não foi ao rio tomar banho, como eu, arrependeu-se seriamente! A água dos balneários não estava fria, estava verdadeiramente gelada! Muito porreiro se estivéssemos no pico do verão mas algo perigoso quando se se passou as últimas horas à chuva e se está completamente gelado e encharcado. No entanto ia jurar que do balneário 1 e 2 (só podíamos usar o 3 e 4) saía um bafo quente.

No departamente do comes, nada de entusiasmante a não ser o porco e as costelinhas que já tinham acabado. Restavam as fêveras que lá iam saindo a conta gotas, o caldo verde e as papas de sarrabulho.

EM SUMA
O raid foi extremamente duro, a lama complicou (e disso a organização não tem culpa) o que por si constituiu um desafio extra. Gostei e aparte das zonas para "encher" o raid tem trilhos muito muito bons. E apesar dos trilhos fazerem esquecer o que de mal se foi passando, não se pode confiar que sempre assim será.

Há algumas falhas quem já não podem ser desculpadas com o "amadorismo", "fazemos por gosto", "não se pode agradar a todos", "não contávamos com a chuva", "não contávamos com tanta gente" e outras desculpas. Isto porque já que são situações milhares de vezes comentadas, quem aqui quer em conversa entre as gentes do BTT, e muitas vezes pelos próprios organizadores de eventos que já participaram em eventos da "concorrência" se queixam de situações que depois acabam por repetir.


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Entretanto hão de surgir (poucas) fotos, videos e o track GPS...

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

II Raid Vila de Sobreira



A Malandra Bike Team vai estar presente no Raid da Sobreira, no próximo dia 18 de Janeiro!

domingo, 11 de janeiro de 2009

Let it snow!







Ah.... A neve!

A movimentação de massas de ar frio conjugou-se neste final de semana, para dar a portugal uma bela temperatura mínima... mínima!

Consequência (in)esperada foi, por isso, a queda de neve.

Há 20 e muitos anos que não se assistia a uma queda significativa de neve aqui em Valongo, muito menos de forma continuada como por estes dias.

Escusado será dizer que o espectáculo é de uma hipnotizante beleza, mesmo estando aquém de cenários bem mais brancos das regiões do interior.

A beleza tem porém, o seu lado perigoso: para quem anda a pé, para quem anda de automóvel e, claro, para quem pratica BTT.

A consciência dos riscos inerentes não propriamente à neve mas sobretudo ao gelo que possivelmente se formaria nas zonas mais sombrias, levou a que a volta programada para hoje fosse alterada. Da ida à Cidade Morta, passamos para a volta da Cadeia de Paços de Ferreira, que entretanto foi cancelada dada a existência de demasiadas zonas sombrias, especialmente nas descidas e corta-fogos.

Optou-se então por uma volta mais resguardada, sem no entanto cortar ao nível de dificuldade, afinal de contas o raid da Sobreira é já para a semana e convém não ir fazer má figura!

Assim sendo fomos directos para a Serra da Pia que nos brindou logo com as primeiras passagens de neve. Não é propriamente perigoso andar sobre a neve, esta comporta-se basicamente como terra muito solta, abatendo à nossa passagem e permite uma tracção aceitável.

A meio da subida, a primeira batalha com bolas de neve e as primeiras fotos e videos!

Continuamos até ao marco geodésico, e daí foi feita a descida para as Póvoas, com nova paragem pelo caminho para mais fotos e videos que, não estão cá expostos porque o Miguel se recusa terminantemente a publica-los!

Das Póvoas até Sobrado atalhamos um pouco (linha de comboio, anyone?), experimentamos (nem sempre com sucesso!) caminhos e atalhos novos e dirigimo-nos para a "surpresa" final.

Subida pelo caminho rápido das pontes que, se no sentido da descida é um rápido divertimento, sem zonas "mortas", no sentido da subida é longo e exige um ritmo bastante certo.

Mas a "surpresa" estava reservada para o final, com uma inflexão para o interior de quinta-Rei, e a subida de um trilho já conhecido (mais uma vez, a descer) e que obrigou à primeira subida apeada do dia.

Entretanto o grupo separou-se em Miguel e João para um lado, e eu e o Nuno para outro. Andamos na verdade em estradões diferentes, mas paralelos.

Nesta fase a densa vegetação bloqueou o sinal do GPS. Apesar de ter corrigido a track no google earth e esta marcar a direcção correctamente, a altimetria naquele local ficou comprometida, o que se reflecte no gráfico com a altitude a ser reportada como 0.

Lá nos encontramos de novo na entrada para Quinta-Rei. Descida final para o Susão e casa!

Não houve sustos de maior, fizemos um bom treino, vimos e pisamos muita neve e está tudo pronto para a próxima semana andarmos pelos trilhos de Sobreira e arredores.


sábado, 3 de janeiro de 2009

Dois Mecos e Meio

Esta semana a equipa MALANDRA separou-se temporariamente.

Tinha pedido ao Miguel para fazermos uma volta que gostei particularmente há uns tempos, para que se pudesse gravar no GPS, no entanto após várias trocas e com os afazeres profissionais a impedir a saída no domingo, eu e o Nuno fomos dar um giro hoje.

A ideia seria fazer uma volta com alguma dureza, para não se perder o ritmo das últimas voltas e para preparar o raid da sobreira, que é já dia 18.

Ficou estipulado fazer pelo menos dois cumes e parte da Santa Justa.

Começamos então pelo meco de quinta rei, entrando pelo lado da passagem superior da A41, ao que chamamos a subida das colmeias.

A subida desta feita estava ligeiramente menos perigosa porque entretanto a pedra foi secando, mas mesmo assim há partes em que se exige uma pedalada mais cuidada, para evitar o resvalar rápido da roda traseira.

Feita a subida, ainda havia mais caminho pela frente. Descida rápida até aos Lagueirões e a subida em 3 etapas até ao Sanatório: Rotunda Esso, Senhora dos Chãos e Sanatório.

A descida até à estrada e enveredarmos pelo já descido corta-fogo que antecede o caminho novo do portão. Desta feita, porém, ao invés de virar à esquerda no final, decidimos explorar o caminho que vai do lado direito do ribeiro. É um caminho bastante rápido, com zonas bem divertidas e, agora que já se conhece, pode ser feito praticamente sempre a fundo.

Passamos por diversos cruzamentos onde seria possível apanhar novamente o caminho do portão novo. No entanto exploramos este trilho até ao final. O final de facto não tem uma saída directa. Há que subir uma pequena rampa com um curso de águas livres, não ciclável, para depois apanhar uma rampa que nos leva ao caminho normal.

No entanto um pequeno erro de avaliação levou-nos a optar por uma subida mais complicada, com algum corta-mato no topo, mas que nos colocou igualmente no caminho novo do portão.

Chegada ao corta-fogo de couce, descida e estradão até à paragem na ponte sobre o Rio Ferreira, para abastecer. Daí para a frente era só subir, até à crista da Serra das Pias.

Estava particularmente inspirado, fruto talvez do stress dos últimos dias de chuva, e subi com garra. O cunhado atrasou-se um pouco, mas no final também lá chegou!

A ideia era subir mesmo ao cume, mas a última rampa teve que ficar para outro dia. A hora apertava e tivemos de sair um pouco a correr, em direcção á zona industrial de Campo.

O resto do percurso até casa não tem grande animação, excepção feita a alguns sprints feitos em jeito de despique, que fizeram as delícias do ácido láctico.

Para a semana está prevista uma incursão á cidade morta, que nos vai levar a uma quilometragem próxima dos 60km.